Vamos ver agora a simbologia por detrás da comemoração da Páscoa, dessa vez do ponto de vista judeu (ou seja, dos criadores da Páscoa), através deste texto do Rabino Henry Sobel:
Em todas as gerações, cada pessoa deve sentir-se como se ela própria tivesse saído do Egito
"Esta frase, que leremos na mesa do Seder nas noites de 12 e 13 de Abril, afirma que devemos considerar Pessach como uma época de libertação pessoal, que cada judeu deve ver nesta comemoração a ocasião de sua própria redenção. Mais ainda, Pessach não é um acontecimento que ocorreu no passado, séculos atrás, mas sim uma força redentora em nossos dias. A implicação é que o êxodo do Egito é uma experiência vivida por todos nós e faz parte da história existencial, individual, de cada judeu.
Meus amigos: o Egito não é apenas um ponto no mapa, um país; é um estado de espírito. O Êxodo não é apenas um evento histórico, mas uma possibilidade sempre atual. O Egito dos tempos bíblicos representa todas as forças que escravizam o homem. E toda vez que o homem consegue se libertar destas forças, ele vivencia um novo Êxodo. Um rabino observou que a palavra hebraica Mitzraim (Egito) vem da mesma raiz que metzonm, literalmente "lugares estreitos". A essência do Egito é a estreiteza da vida. Tudo que restringe e limita nossa visão constitui um "Egito". Pessach é a hora de nos libertarmos deste Mitzraim.
Nesta época do ano, quando celebramos nossa liberdade, cada um de nós deve se perguntar: "Qual é o meu Egito particular?". O que é que constringe e obstrui minha própria vida?. São muitos os Egitos que nos oprimem: Ambição excessiva, inveja, materialismo, o apego ao status quo, para citar apenas alguns. Mais difícil que retirar o judeu do Egito é retirar este Egito de dentro do judeu.
Que Pessach traga para cada um de nós o Êxodo do seu Egito interior. E que possamos alargar e engrandecer nossa vida em serviço à nossa família, à nossa comunidade, ao nosso povo e a nossa fé. "
http://www.saindodamatrix.com.br/archives/2006/04/pascoa_pessach.html
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